PCPR mira grupo criminoso envolvido em fraudes contra seguradoras, furtos e receptação

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas nesta quinta-feira (25) para cumprir 13 mandados de busca e apreensão contra um grupo criminoso envolvido em fraude contra seguradora, furto, receptação, associação criminosa e adulteração de sinais identificadores de veículos pesados. As ordens judiciais são cumpridas simultaneamente em Maringá, Doutor Camargo, Mandaguari e Curitiba.

As medidas judiciais também incluem bloqueios de bens de aproximadamente R$ 1,5 milhão em contas dos investigados, veículos utilizados nos crimes e outros bens. Mais de 60 policiais civis participam da ação.

De acordo com o delegado da PCPR, Fabiano Oliveira, a investigação, iniciada no final de 2023, tem como objetivo apurar uma fraude contra seguradora, a partir da comunicação do furto de um caminhão em Curitiba.

“Este caminhão foi furtado em Curitiba e levado para Maringá. Na sequência, foi desmontado e há suspeitas de que as peças tenham sido comercializadas em grandes lojas de peças de caminhão em Maringá. Há também suspeitas de que os sinais identificadores do caminhão subtraído tenham sido adulterados ou suprimidos”, explica o delegado.

Um outro veículo, que foi furtado de uma locadora de veículos nas imediações do Aeroporto em São José dos Pinhais, foi usado como batedor, para auxiliar o deslocamento do caminhão furtado até Maringá, onde foi negociado com os receptadores.

Oliveira completa que, por meio das diligências, a equipe policial busca confirmar se o grupo de receptadores de Maringá tem envolvimento na fraude contra seguradora e no furto de caminhão ocorridos em Curitiba.

Há indícios de que os proprietários do caminhão objeto da investigação possam ter facilitado o furto do veículo pelo grupo com o objetivo de lucrar duas vezes, com a venda ilícita do veículo e com o ressarcimento da seguradora pelo falso furto.

Em Mandaguari, uma mulher residente no Jardim Itália que trabalha em uma empresa de auto peças, que está sendo alvo em Maringá, foi encaminhada a delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso. Ela é suspeita de ser usada como laranja dessa empresa. Na casa dela, foram encontrados cerca de R$ 7mil reais em dinheiro, o celular da mulher também foi apreendido.