Gaeco realiza três ações simultâneas voltadas a apurar homicídio vinculado a líder de facção criminosa e concessão de regalias a ele por agentes públicos
O Núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, deflagrou nesta quarta-feira (30), de forma simultânea, três operações que apuram a prática dos crimes de homicídio e corrupção relacionados a líder de facção criminosa voltada ao tráfico de drogas e outros crimes no estado do Paraná e Santa Catarina. No total foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e efetuadas duas prisões temporárias. As ordens judicias foram expedidas pelos Juízos da 4ª e da 5 ª Vara Criminal de Curitiba e da 2ª Vara Criminal de São José Pinhais. Em Maringá dois mandados de buscas foram cumpridos contra do delegado Francisco Caricati e a delegacia de trânsito da cidade.
Operação Noturno – No âmbito da Operação Noturno é investigada a ocorrência de um homicídio praticado no interior da Casa de Custódia de São José dos Pinhais, em outubro de 2022, que teria sido ordenado pelas lideranças da facção criminosa por suspeitas de traição da vítima ao grupo criminoso. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nos municípios de Curitiba, Matinhos e Pontal do Paraná e executados dois mandados de prisão temporária, decretadas pelo prazo de 30 dias.
Operação Pêndulo – A Operação Pêndulo é voltada a apurar o recebimento de vantagens indevidas pelo então chefe do Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) e do então diretor da Cadeia de Custódia de São José dos Pinhais para conceder regalias a liderança da facção enquanto o criminoso estava custodiado dentro do sistema prisional do Estado. Também é investigada a interferência dos agentes públicos em manobras para evitar a transferência do preso para um presídio federal. Nesta operação foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.
Operação Dolus – Na Operação Dolus é apurada a oferta de vantagem indevida feita pelo líder da facção criminosa, por intermédio de seus advogados, para servidores do Deppen, com o fim de escolher em qual unidade prisional estadual ele seria conduzido após ter sido preso, além de fornecer regalias enquanto estava custodiado. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.
Grupo Especializado – O Gaeco é composto por membros e servidores do Ministério Público e por policiais civis e militares que atuam sob a coordenação do Ministério Público, sendo as principais atribuições do Grupo a atuação em investigações sobre o crime organizado e de desvios de recursos públicos, além da fiscalização da atividade policial. Atualmente, o Gaeco do MPPR está estruturado em nove núcleos regionais distribuídos em todo o estado: Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranaguá e Ponta Grossa.
Com informações do Plantão Maringá e MPPR.