Paraná fecha 2024 com 4ª maior economia, desemprego em baixa e contas em dia

Além de retomar o posto de maior economia do Sul, o Estado reduziu para 4% o número de desempregados, o terceiro menor índice da história. Também foi o primeiro ano que o Paraná obteve nota máxima em um sistema que avalia a capacidade de pagamento de dívidas de estados e municípios.

Assim como em outros anos recentes, o Paraná termina 2024 com bons indicadores sociais, econômicos e de gestão e perspectivas positivas para o próximo ano. O principal índice sintetiza este bom momento é a retomada do posto de 4ª maior economia do Brasil, que também se reflete em avanços na atividade econômica em todos os segmentos, uma das menores taxas de desemprego da história e a obtenção da nota máxima de capacidade de pagamento de dívidas pelo Estado.

Segundo o relatório mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado em novembro, o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná foi de R$ 614,61 bilhões no ano de 2022, o mais recente com dados consolidados. O resultado fez com que o Estado voltasse a ultrapassar o Rio Grande do Sul, cujo PIB foi de R$ 593,63 bilhões, e se consolidasse como a maior economia do Sul do Brasil. Santa Catarina registrou um PIB de R$ 466,27 bilhões no mesmo ano.

Em nível nacional, o Paraná representa agora a quarta maior força econômica do País, responsável por 6,1% das riquezas produzidas em solo nacional. O Estado fica atrás apenas de São Paulo (R$ 3,13 trilhões), Rio de Janeiro (R$ 1,15 trilhão) e Minas Gerais (R$ 906,73 bilhões). Esta é a terceira vez que o Paraná alcança esta posição entre as maiores economias, sendo as outras duas em 2013 e 2020, reforçando o recente ciclo positivo do Estado.

O crescimento econômico pode ser percebido em todos os segmentos avaliados pelo IBGE. Os dados mais recentes, de janeiro a setembro de 2024, apontam que indústria paranaense cresceu 3,3%, com liderança nacional em bebidas, produtos de madeira, materiais elétricos e móveis. No mesmo período, o comércio registrou uma alta 7,2%, com destaque para os setores automotivo e de construção civil. Já os serviços saltaram 3,5%, acima da média nacional, enquanto o turismo, analisado de forma individual, expandiu 5,3%, o 4º melhor desempenho nacional.

FORÇA DO CAMPO – No meio rural, as atividades também continuam em franca expansão, reforçando o potencial do Paraná como um dos maiores produtores de alimentos do Brasil.

O Estado lidera a produção de carne de frango, com 1,1 bilhão de aves abatidas no 1º semestre, um aumento de 24,2% em relação a 2019, chegando a 35% de participação nacional. Os produtores paranaenses também chegaram a 4,6 milhões de suínos processados no 1º semestre, o que representa 22% do país – há quatro anos, esta proporção era de 20%. Há ainda uma expectativa de uma grande produção de grãos para a safra 2024/2025, principalmente em soja e feijão.

Puxadas principalmente pela agroindústria, as exportações paranaenses têm como destino 214 países e territórios estrangeiros. De janeiro a outubro, o Paraná exportou US$ 20,05 bilhões em produtos, se consolidando como o principal exportador da região Sul, à frente do Rio Grande do Sul (US$ 17,68 bilhões) e Santa Catarina (US$ 9,61 bilhões), e firmando posição como um “supermercado do mundo”.

Mais do que estatísticas, os dados econômicos se refletem na melhoria das condições de vida da população paranaense, especialmente no mercado de trabalho. Em 2024, o Paraná atingiu 4% de desemprego, o terceiro menor índice da série histórica do IBGE, iniciada em 2012.

São 152 mil vagas abertas entre janeiro e setembro, o terceiro maior volume do País no acumulado de nove meses de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com isso, o Estado atingiu um outro recorde ao ter, pela primeira vez, mais de 6 milhões de pessoas ocupadas. Em 84% dos municípios paranaenses houve mais admissões do que desligamentos no período.

CONTAS EM DIA – O cenário econômico macro tem simultaneamente como causa e consequência uma boa gestão financeira dos recursos públicos, o que facilita o acesso do Estado a financiamentos com juros mais baixos para ampliar os seus investimentos em infraestrutura e logística e, assim, continuar estimulando a atração de empreendimentos privados a economia.

Neste ano, o Paraná alcançou pela primeira vez a nota A+ na avaliação sobre a Capacidade de Pagamento dos Estados e Municípios (Capag). A métrica é utilizada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para avaliar as condições e riscos das administrações públicas estaduais e municipais de honrarem seus compromissos financeiros.

O Governo do Estado também conseguiu reduzir o endividamento de R$ 14 bilhões em 2011 para R$ 2,8 bilhões em 2023. Apesar de ainda haver um valor a ser pago, ele é classificado tecnicamente como uma dívida negativa, situação em que a disponibilidade financeira do Governo supera a dívida de longo prazo remanescente. Trata-se da segunda melhor situação financeira do País.

Paralelamente, os investimentos públicos também aumentaram, totalizando R$ 5,3 bilhões empenhados entre janeiro e outubro, o melhor resultado da série histórica do Estado e entre os maiores do Brasil no período. Um dos símbolos dessa política é o programa Asfalto Novo Vida Nova, que já recebeu R$ 1 bilhão para promover obras de pavimentação em 100% da malha urbana de 225 municípios paranaenses.