Volta por cima
Sidney da Silva, o conhecido Chiquinho, foi o vereador mais votado em 2020 em Mandaguari. Com 800 votos na disputa deste ano e uma quase candidatura no pleito anterior, ele conversou com a reportagem na última semana. Confira os principais trechos da entrevista.
Jornal Agora: Chiquinho, para chegar até essa vitória, você passou por um momento de muita dificuldade, que muita gente não lembra, mas na eleição passada você era pré-candidato e teve um problema na filiação não foi?
Chiquinho: É verdade. Quatro anos atrás, nós íamos ser candidatos e eu acabei tendo problema com a questão da filiação. Os presidentes de partidos, para quem não sabe, tem aquela senha da Filiaweb, então eles têm um prazo, mas antes de vencer tem que colocar um candidato com a data retroativa, e no meu caso, não foi por maldade, me colocaram com a data do dia, então por 11 dias deu candidato filiado fora do prazo”.
Ou seja, você filiou depois do prazo limite, porém não foi um erro proposital, mas foi um erro de preenchimento de documento
Exatamente, esse acontecimento foi no dia 4 de abril, por exemplo, todo presidente de partido tem em torno de 14 a 15 dias para poder entrar, só que eles tem que pegar a fixa de filiação e colocar com a data do mês, 4 no caso, e a pessoa que preencheu colocou com a data do dia, e a juíza acabou impugnando por estar fora do prazo.
E deve ter sido uma decepção grande para você naquela época
Com certeza, para todos que estavam comigo, eu fiquei chateado, mas continuei tocando a vida, continuei fazendo pelas pessoas o que eu sempre fiz, o bem, pois eu nunca fui de enrolar ninguém, e graças a Deus, Ele nos honrou.
Você entrou em uma chapa muito pesada, que tinha um vereador, dois ex-vereadores, Alécio e o Valdecir, e ainda assim foi o mais votado, não só da chapa, mas também da cidade com 808 votos, como que foi essa campanha?”
uma campanha mais do que atípica, porque tinha aproximadamente 165 candidatos. Se pegarmos o histórico de Mandaguari dos últimos anos, foram cerca de 90 ou 100 no máximo, mas é como sempre falo, política a gente não se faz na época, e eu não sou político, sou ser humano, e todo mundo fala que estão cansados de ver políticos como aquele que só vai atrás das pessoas quando precisa, mas comigo não, a minha casa sempre está de portas abertas, e o número de telefone é o mesmo de 20 anos atrás, resumindo, na minha chapa tinham muitos candidatos com potenciais enormes, com histórico político, não menosprezando os demais, porém no meu caso eu tive um desgaste psicológico, porque eu tive que concorrer com outro candidato e exigir muito mais de mim do que se fosse em outra chapa.
Como você imagina que vai ser sua atuação pelo menos nesse começo der mandato já que você não foi eleito no palanque da prefeita eleita Ivonéia, o que a população pode esperar da sua atuação?
A Ivonéia me procurou, tive uma conversa com ela de aproximadamente duas horas e meia, e o meu posicionamento é como em um jogo de futebol, as vezes a gente joga lá e discute, e a campanha acabou pra mim no domingo às cinco horas da tarde e eu coloquei uma coisa na minha cabeça que hoje sou vereador da cidade, sou representante do povo e isso eu deixei bem claro para ela e me coloquei a disposição para qualquer efeito que seja para o bem da população e também, avisei que ela vai ser cobrada assim como nós vereadores também vamos ser, e quem conhece o meu perfil sabe também que eu não sou de dormir com demanda, mas estou a disposição e estou aqui para servir a população.
*Entrevista publicada na 358ª edição do Jornal Agora