Presidente da Câmara de Mandaguari pede proibição do reajuste da Sanepar

O reajuste de 12,13% na tarifa da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) nos municípios do Paraná mobilizou os vereadores da Câmara de Mandaguari nesta semana. O presidente da Casa, Hudson Guimarães, representando os parlamentares, se reuniu na manhã desta quinta (25) com o Prefeito Romualdo Batista e o Secretário de Finanças, Hamilton Sampaio, para pedir a agilidade de um decreto que proíba o aumento no município. A iniciativa de publicar o documento está nas mãos do chefe do Executivo.

“O reajuste proposto pela Sanepar está muito acima da inflação anual e, a meu ver, é abusivo. O serviço em Mandaguari não é de excelência, há problemas no tratamento de esgoto por parte da empresa, constantemente falta água em algumas regiões do município… esses fatos são mais que suficientes para não haver esse reajuste expressivo”, disse Hudson.

O reajuste na tarifa da companhia de abastecimento veio à tona nos últimos dias. Além de ter a atenção dos representantes de Mandaguari, gerou também descontentamento nos poderes de diversos municípios do Paraná. O acréscimo na conta foi homologado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraesturtura do Paraná (Agepar) no dia 15 e começa a valer 30 dias a partir da publicação do documento em Diário Oficial.

Na sessão ordinária de segunda (22), o vereador Eron Barbiero discorreu, nas suas considerações finais, sobre a expectativa de que a administração municipal não aprove o acréscimo. “Como vereador não admitirei isto, e acredito que os demais vereadores também não”, disse.

Os parlamentares Clarice Ignácio Pessoa Pereira e João Jorge Marques também se movimentaram internamente a fim de pedir a proibição da cobrança por parte do Poder Executivo.    

 

Histórico

Mandaguari tem um histórico de cobranças por melhorias no serviço prestado da Sanepar e pedido de diminuição nas tarifas. O presidente da Câmara, Hudson Guimarães, é vice-presidente da Frente dos Vereadores Contra a Tarifa Mínima, movimento que debate a cobrança tarifária adotada pela companhia de abastecimento em 2017, que altera o consumo mínimo de dez metros cúbicos para cinco metros cúbicos ao mês.

A alteração implicou aos consumidores o pagamento mínimo de R$ 65,25 para consumo da cota mínima de cinco metros cúbicos – ainda que o consumo real seja inferior ao mínimo, o valor permanece na casa dos R$ 60.   

Em março, Hudson Guimarães e Clarice Ignácio Pessoa representaram Mandaguari na audiência pública sobre o tema, realizada na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Mandaguari teve a atenção do público na ocasião quando o presidente usou a Tribuna Livre. “Viemos representar nossa cidade, que assim como outros municípios presentes também paga a tarifa mínima, mas, infelizmente, não conta com a qualidade de serviço exposta por outros aqui”, relatou.