“Falso Brilhante – Um disco fundamental de Elis Regina”
Já aclamada e uma das mais ativas vozes na MPB ao longo dos anos 60 e ainda na primeira metade da década de 70, a gaúcha Elis Regina se mostrou insuperável na arte de dar voz a grandes canções.
Seu vigésimo segundo álbum de carreira e décimo sexto de estúdio, lançado em 1976, baseado em um espetáculo que começou há um ano antes, que esteve por longos meses em cartaz no Teatro Brigadeiro em São Paulo, trouxe um pouco de teatro para seu show, usando e abusando muito de figurinos, trocando de roupa em boa parte de seu show e também com um corpo de atores participando como se fosse um musical da Broadway.
O show era Falso Brilhante e esse espetáculo veio a ganhar um disco totalmente gravado em estúdio com os músicos de sua banda, liderados pelo seu então marido e diretor musical César Camargo Mariano e apresentou uma série de canções que vieram a embalar aqueles últimos três anos da década.
Apresentando alguns compositores que vieram a fazer também uma diferença na MPB além de nos apresentarem um pouco do cancioneiro latino, ainda que muito esquecido naqueles tempos pelo nosso povo brasileiro.
O título do disco, Falso Brilhante, veio de uma música de João Bosco e Aldir Blanc, os compositores que mais contribuíram para o repertório da gaúcha em seus discos e shows, chamada Dois Pra Lá, Dois Pra Cá “e no dedo um falso brilhante, brincos iguais ao colar…” e a expressão acabou virando show, que acabou virando disco e que acabou se tornando uma das maiores obras-primas de sua carreira, indispensável tanto para quem gosta da obra de Elis quanto para quem gosta de MPB em especial, figurando entre um dos discos favoritos nas listas de muita gente.