Como Mandaguari enfrentou a chegada da Covid-19

A pandemia de COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, surgiu no final de 2019, na cidade de Wuhan, na China. Inicialmente identificado como um surto de pneumonia, o vírus se espalhou rapidamente pelo mundo, provocando uma crise de saúde pública sem precedentes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente a pandemia em 11 de março de 2020, após o número de casos e mortes aumentar drasticamente em diversos países.

O coronavírus é transmitido principalmente por gotículas respiratórias, o que fez com que medidas de distanciamento social e o uso de máscaras se tornassem fundamentais para controlar sua disseminação. A rapidez com que a doença se espalhou afetou todos os continentes, alterando a vida cotidiana das pessoas e desafiando os sistemas de saúde de inúmeras nações.

Com a disseminação global do vírus, diversas restrições foram implementadas, como o fechamento de fronteiras, a suspensão de atividades escolares, o fechamento de comércios e a adaptação de muitas empresas ao home office. A doença gerou uma crise econômica profunda, afetando especialmente pequenos negócios e trabalhadores informais, enquanto também provocou mudanças no comportamento social e nas interações entre as pessoas. A luta contra a pandemia se tornou um esforço coletivo, com a ciência e a solidariedade sendo fundamentais para superar os desafios impostos pela COVID-19.

No início de 2020, Mandaguari, assim como o restante do Brasil, acompanhava com apreensão as notícias sobre a rápida disseminação da COVID-19 pelo mundo. O primeiro caso confirmado no país ocorreu em fevereiro daquele ano, e não demorou para que o vírus chegasse ao Paraná. Diante do avanço da doença, as autoridades locais começaram a adotar medidas preventivas para tentar conter a propagação do coronavírus na cidade.

Os primeiros casos suspeitos em Mandaguari surgiram em março de 2020, gerando preocupação entre a população e as autoridades de saúde. A confirmação oficial do primeiro caso foi um marco que desencadeou uma série de ações emergenciais, incluindo restrições no comércio, suspensão das aulas presenciais e a recomendação do isolamento social. Profissionais de saúde foram mobilizados para atender à crescente demanda por testes e atendimentos, enquanto a cidade se adaptava a uma nova realidade marcada pelo medo e pela incerteza.

A chegada da COVID-19 alterou profundamente a rotina dos mandaguarienses. Eventos foram cancelados, estabelecimentos comerciais precisaram fechar as portas temporariamente, e a interação entre amigos e familiares passou a ocorrer à distância. Apesar das dificuldades, a população também se uniu em campanhas de solidariedade, ajudando os mais vulneráveis com doações e apoio mútuo.
Este especial busca relembrar os primeiros momentos da pandemia em Mandaguari, destacando as medidas adotadas, os desafios enfrentados e o impacto que essa crise global teve na cidade e em seus habitantes.

As principais medidas adotadas contra a COVID-19 em Mandaguari
Com a chegada da pandemia de COVID-19 ao Brasil em 2020, Mandaguari implementou rapidamente uma série de medidas para conter a propagação do vírus e proteger sua população. O prefeito Romualdo Batista decretou Situação de Emergência em Saúde Pública no município, o que permitiu a adoção de ações preventivas e restritivas em diversos setores.

Uma das primeiras medidas foi a suspensão das aulas da rede municipal de ensino, além do cancelamento de atividades para idosos e grupos de convivência. Serviços públicos como Procon, Agência do Trabalhador, Tributação, Protocolo e Assistência Jurídica também tiveram o atendimento presencial suspenso.

No setor comercial, a prefeitura recomendou o fechamento temporário de academias e determinou que restaurantes, bares e lanchonetes adotassem protocolos sanitários rigorosos, como distanciamento entre mesas e disponibilização de álcool em gel. Posteriormente, após reunião com a Associação Comercial e Empresarial de Mandaguari (Aceman), ficou definido o fechamento do comércio local por um período de 15 dias, com exceção de estabelecimentos essenciais como mercados e farmácias.

Outra medida importante foi a adaptação dos serviços de saúde. A Unidade Básica de Saúde (UBS) do Centro foi transformada em uma extensão do Pronto Atendimento Municipal (PAM), a fim de agilizar o atendimento e evitar a sobrecarga do sistema de saúde. A Vigilância Epidemiológica também passou a monitorar os casos suspeitos, isolando pacientes sintomáticos e coletando amostras para exames.

Além disso, a prefeitura intensificou a fiscalização para evitar a elevação abusiva de preços de insumos e serviços relacionados à pandemia. O Procon foi encarregado de coibir práticas ilegais e garantir que a população tivesse acesso a itens essenciais sem exploração comercial.

O impacto das medidas foi imediato: eventos como o desfile cívico do aniversário da cidade, marcado para o dia 1º de maio, foram cancelados ou adiados, e a população precisou se adaptar rapidamente às novas regras de distanciamento social.

Apesar dos esforços, Mandaguari registrou seus primeiros casos suspeitos já em março de 2020. O primeiro caso confirmado ocorreu em 18 de abril, um homem de 34 anos sem histórico de viagens para fora do estado ou contato conhecido com pessoas infectadas. Com a confirmação, a cidade reforçou o monitoramento de pacientes e a atualização diária dos boletins epidemiológicos.

Mesmo com todas s medidas emergenciais adotadas por Mandaguari nos primeiros meses da pandemia, a cidade registrou 19 óbitos em 2020 em decorrência à Covid-19. Segundo números da Secretaria Municipal de Saúde no total 149 pessoas morreram em Mandaguari entre os anos de 2020 e 2023, sendo os anos de 2021 com o maior número de mortes com 107.