“Quero atuar de uma forma multidisciplinar em parceria com as equipes, não quero ficar preso em uma secretaria”, destaca Renato Bossato
Na manhã desta segunda-feira (16) a Rádio Agora FM iniciou uma série de entrevistas com os candidatos a vice-prefeito de Mandaguari. Hoje (16) foi a vez de Renato Bossato, candidato a vice-prefeito na chapa de Márcia Serafini, pelo partido Podemos. Durante a conversa, que durou cerca de 20 minutos, o professor e ex-servidor público discutiu temas importantes como suas visões para a administração municipal, prioridades no governo e a relação com a Câmara de Vereadores. Renato destacou sua postura firme contra a “velha política” e defendeu a proposta de sua chapa como uma alternativa para a cidade de Mandaguari.
Visão de longo prazo
Logo no início da entrevista, Renato fez questão de criticar políticos que têm uma visão de curto prazo e que agem com foco apenas na reeleição. “O gestor que tem a visão de galinha só enxerga os quatro anos ou sua possível reeleição. Precisamos de gestores com visão de águia”, afirmou. Ele enfatizou que o papel de um bom gestor é ter uma “visão de águia”, projetando o futuro da cidade para os próximos 20 ou 30 anos e não pensando apenas em benefícios pessoais.
Atuação multidisciplinar e dinâmica
Ao ser questionado sobre como pretende atuar caso seja eleito vice-prefeito, Renato foi enfático ao dizer que não quer se limitar a uma secretaria específica. Ele mencionou que sua experiência como professor e servidor público o capacitou para lidar com diferentes desafios. “Quero atuar de uma forma multidisciplinar em parceria com as equipes, não quero ficar preso em uma secretaria”.
Frisou que sua intenção é ser um vice atuante e participativo. “Eu sou um homem de desafios, não gosto de ficar em sala fechada, gosto de ambiente aberto e de participar de vários assuntos”. Deixou claro que não se acomodaria em uma posição de vice sem poder de ação e, se em algum momento a prefeita Márcia restringir sua participação, ele afirmou que renunciaria. “Por que vou continuar ganhando meu salário de vice-prefeito, sendo que a prefeita não me deixa trabalhar? Então tenha vergonha na cara e saia”.
Relação com o legislativo
Outra questão abordada na entrevista foi como a chapa de Márcia pretende lidar com a Câmara de Vereadores, especialmente porque não terão maioria inicial caso sejam eleitos. Renato ressaltou que a política deve ser conduzida por diálogo e articulação entre os poderes. “Todo poder é independente, mas precisa dialogar porque um acaba afetando o outro”.
Ele afirmou que projetos de interesse público, como a proposta de construção de mil casas populares, não podem ser barrados pelos vereadores, sob risco de prejudicar a imagem deles diante da população. “Se o vereador barra um projeto desse eu tenho peito para colocar a boca no trombone, porque é um projeto que beneficia o povo”.
Construção de mil casas populares
A promessa de construção de mil casas populares foi um dos temas centrais da entrevista. Renato afirmou que a gestão pretende viabilizar o projeto por meio de parcerias com os governos estadual e federal, além de utilizar parte da arrecadação municipal. “Nós temos recursos do governo estadual, do governo federal e podemos usar o recurso do município, que teve uma arrecadação de R$ 198 milhões no ano passado”, explicou.
Renato criticou a administração atual e anteriores por não construir casas populares há mais de 13 anos e atribuiu essa falta de ação à influência de uma “política suja” envolvendo donos de imobiliárias e loteadoras. “Enquanto essas raposas de prefeitura estiverem no poder, a situação de Mandaguari ficará da mesma forma”.
Crítica à velha política
Ele se posicionou firmemente contra a velha política, caracterizando-a como uma prática que já não atende às necessidades da população de Mandaguari. Ele argumentou que o povo está cansado das “figurinhas repetidas” que dominam a administração da cidade. Segundo ele, a candidatura de Márcia representa a verdadeira mudança que o município precisa. “A Márcia Serafini é a mudança. Ela nunca foi prefeita, nunca foi vice-prefeita, o Estado do Paraná acredita na capacidade dela, por que Mandaguari não pode acreditar?”.
Renato concluiu prometendo que, se a chapa não cumprir pelo menos 80% de seu plano de governo, eles não colocarão seus nomes à disposição para uma reeleição. “Se nós não cumprirmos 80% do nosso plano de governo, teremos vergonha na cara de não colocar nosso nome à disposição na próxima eleição”, garantiu.
Confira o aúdio da entrevista: