Vereadores representam Mandaguari em audiência sobre tarifa mínima da Sanepar
Os vereadores da Câmara de Mandaguari Hudson Guimarães (Presidente) e Clarice Ignácio Pessoa Pereira (1ª Secretária) participaram nesta quarta (27), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), da audiência pública sobre a cobrança da tarifa mínima da água e esgoto da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). A presença dos parlamentares somou o quórum de 85 vereadores de 31 municípios, além de deputados e lideranças políticas e sociais do estado.
Proposta pelo deputado estadual Evandro Araújo (PSC), a audiência pública atendeu à demanda da Frente Paranaense dos Vereadores Contra a Tarifa Mínima. O movimento é presidido pelo vereador maringaense Alex Chaves (PHS-Maringá) e pelo presidente da Câmara de Mandaguari, Hudson Guimarães (PPS).
O mote é a mudança na cobrança tarifária adotada pela Sanepar em 2017, que altera o consumo mínimo de dez metros cúbicos (22 mil litros de água) para cinco metros cúbicos (11 mil) ao mês. A alteração implicou aos consumidores o pagamento mínimo de R$65,25 para consumo da cota mínima de cinco metros cúbicos – ainda que o consumo real seja inferior ao mínimo, o valor permanece na casa dos R$60.
Mandaguari teve a atenção do público quando Hudson Guimarães usou a Tribuna Livre. “Viemos representar nossa cidade, que assim como outros municípios presentes também paga a tarifa mínima, mas, infelizmente, não conta com a qualidade de serviço exposta por outros aqui”, relatou o presidente do Poder Legislativo.
Hudson destacou também a falha no tratamento do esgoto em Mandaguari serviço que deveria ser executado pela companhia. É que embora a estrutura para o tratamento do esgoto exista na cidade, o processo não tem sido realizado da forma ideal, ocasionando o descarte de material não tratado nas redes fluviais municipais.
“A última contribuição da Sanepar acerca da nossa cidade é que boa parte dos bairros não tem o tratamento de esgoto porque é um investimento muito alto prestar este serviço. Se pagamos a tarifa fixa, independente de quanto é consumido, é direito que tenhamos a instalação da rede em toda a cidade”, finalizou.
Sanepar
Três representantes da companhia – diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Abel Demétrio; a gerente de Regulação, Leura Conte de Oliveira e o gerente Jurídico, Marcus Cavassin – apresentaram argumentos e se mostraram abertos ao diálogo com a frente.
Leura disse que é estudada uma forma de modificar a tarifação do serviço. Uma das propostas é impor uma tarifa fixa pela disponibilização da água e cobrar por metro cúbico consumido. Caso seja aprovada, a medida será implantada em 2021.
Próximos passos
A frente estadual segue na articulação pelo fim da cobrança da taxa no valor vigente. O Legislativo mandaguariense é favorável às medidas que promovam cobras justas e prestação de serviço de qualidade à população.