Sobrevivemos ou sobreviver? Uma necessidade biológica: dormir!
Uma diversidade de problemas emocionais e sociais afetam diretamente o funcionamento do organismo como um todo, sendo que os fatores psicológicos e fisiológicos também provocam influências na qualidade do sono e quando o sono é deficiente ou não reparador, esses fatores podem ainda ser agravados, gerando um ciclo desordenado de danos que podem afetar irreversivelmente a saúde e a qualidade de vida das pessoas.
A má qualidade de sono afetam o estado psicológico, físicos e cognitivo, mais especificamente os sintomas que estas pessoas apresentam são: cansaço, perda da concentração, fadiga, irritabilidade, aumento da sensibilidade à dor, ansiedade, nervosismo, ideias irracionais, alucinações, perda de apetite, constipação e maior propensão a acidentes.
Os problemas com o sono causam tensão, baixam a imunidade, interferem na fertilidade, provocam atraso na cicatrização de feridas, intensificação das dores e contribuem para maior dificuldade na realização das atividades diárias.
Não dormir a quantidade de sono necessária ou não ter qualidade no sono é chamado de privação de sono. E isso ocorre, por motivos diversos, como angústia, medicação, ansiedade, medicação, alimentação, preocupação, parceiro barulhento, quarto abafado, má digestão, apneia, ronco, luzes, celulares, som ligado, excesso de trabalho, enfim…inúmeros são os fatores que podem estar interferindo na qualidade do sono, além das patologias de sono como insônia, apneia, parassonias.
Independente do que tem causado interferência no seu sono, preciso te informar que o sono de má qualidade pode afetar diretamente os sistemas endócrino, imunológico, assim como os processos metabólicos e inflamatórios, com impacto negativo na qualidade de vida física e mental, que acaba repercutindo na vida interpessoal, financeira e profissional.
Se por um lado os adultos se privam de sono devido a correria do dia a dia, preocupações, ou nas muitas tarefas que necessitam desempenhar no contexto em que vivem, estudos vêm mostrando crescentes prevalências de baixa duração do sono nos adolescentes, que são cada vez mais vítimas de desordens psicológicas, sem contar com a vulnerabilidade crescente à tecnologia, que afeta diretamente na rotina hormonal e mental e no desempenho cognitivo e emocional em atividades normais dos indivíduos desta faixa etária.
Em todas as faixas etárias ocorreu uma mudança de comportamento do sono nas últimas duas décadas, um tempo cada vez menor ao sono, acarretando inúmeros prejuízos na saúde, incluindo os metabólicos, e cognitivos. E como característica dessa má qualidade do sono está uma característica frequentemente observada nas pessoas: a sonolência diurna excessiva, que nada mais é do que sono durante o dia, dificuldade de se manter atento ou acordado, bocejo frequente, cansaço e uso de substâncias como cafeína e estimulantes para se manter acordado.
Se seu sono noturno é de má qualidade, a conta disso vem durante o dia! Você passa o dia todo esperando o mundo acabar em barranco para você encostar. Sua irritação, dor de cabeça, falta de paciência e dificuldade em manter o foco e atenção é decorrente da qualidade
ruim do seu sono!
Aprenda a dormir, esse é o caminho! Isso mesmo, é preciso aprender ou reaprender a dormir!
A vida e a saúde não esperam.
Larissa Bortolanza é Neurocientista terapeuta comportamental.