Disputa no Legislativo
Coluna do dia 03 de janeiro de 2025
Indefinido
Até o fechamento desta edição ainda não havia novidade em relação à eleição da nova Mesa Diretora da Câmara de Mandaguari. Com o caso judicializado, os dois grupos estão adotando a mesma estratégia: esvaziar as sessões enquanto não houver uma decisão favorável aos seus interesses.
Expectativa
Conforme prevê o regimento da Casa, quando as sessões extraordinárias para eleição da Mesa foram canceladas por falta de quórum, outras reuniões devem ser convocadas diariamente até que a votação aconteça. A próxima está marcada para este sábado, às nove da manhã. Resta saber até quando esse imbróglio irá se estender.
Reviravolta
Na semana passada a coluna já havia cogitado a possibilidade de que algum fato novo poderia provocar uma reviravolta na disputa pelo comando do Legislativo.
Interpretações
O desentendimento veio após o presidente em exercício, vereador Danilo, ter acatado o pedido de impugnação da chapa 1, sem levar o tema para deliberação em plenário. A alegação é de que a composição não leva em conta o princípio da pluralidade, já que apenas dois, dos seis partidos que compõem a Câmara estão contemplados com os cargos da Mesa. A chapa de Edilson Montanheri alega que a decisão precisa passar pelo crivo do plenário. Já a chapa encabeçada pelo vereador Sebastião Alexandre, entende que trata-se de uma questão de ordem e portanto deve ser decidida pelo presidente em exercício.
Justiça
Mas ainda que o pedido tivesse sido colocado em votação, era certo que o caso acabaria nos tribunais. Como a lei possibilita diferentes interpretações sobre o tema, era obvio que nenhum dos dois grupos desistiria tão fácil do objetivo. É a segunda vez que a disputa pelo comando do Legislativo local vai parar na Justiça. Isso também ocorreu foi no final de 1998 e começo de 1999.
Tensão
Diante de toda confusão que aconteceu, a solenidade de posse dos vereadores, prefeita e vice foi a mais tensa de toda a história de Mandaguari. O clima pesado superou até mesmo a sessão realizada em abril de 2005, quando após a cassação de Ari Stroher, a então vereadora Ivonéia deu posse à Cileninho, segundo colocado na eleição do ano anterior.
Dificuldade
Seja qual for o resultado desta briga, a situação mostra que neste segundo mandato o relacionamento da prefeita Ivonéia com a Câmara continuará enfrentando caminhos tortuosos.
Racismo
Durante a confusão que ocorreu na sessão solene de quarta-feira, o vereador Danilo, que presidia os trabalhos, foi vítima de ofensas racistas. Em seu pronunciamento na sessão da quinta-feira, ele fez um desabafo e revelou ter sido chamado de vagabundo e de “preto burro”. Danilo não citou nomes, porém revelou que o autor das ofensas estava presente na Câmara no momento de sua fala.
Providências
Procurado pela coluna, ele afirmou que está buscando orientação sobre as medidas a serem tomadas contra o cidadão que o ofendeu.
Cerimonial
Outro fato que chamou a atenção durante a posse foi o discurso da prefeita. Pelo protocolo, ela deveria ter falado por cinco minutos, mas se estendeu por quase vinte. Ao alertar a chefe do Executivo sobre a extrapolação do tempo, o mestre de cerimônias, que é servidor concursado da Câmara e estava ali simplesmente exercendo a sua função, foi vaiado por apoiadores da prefeita.
Longevidade
Aos 77 anos, o vereador maringaense Mario Hossokawa foi eleito para o sétimo mandato na Presidência da Câmara daquela cidade, sendo o sexto consecutivo. Ele entra para a história como o parlamentar que mais tempo ocupou o cargo.
Nomeação
É aguardada para os próximos dias a nomeação de um secretário municipal indicado pelo grupo do empresário Marcos Jovino. Ainda não foi anunciada qual pasta o novo secretário irá assumir.
Maringá
Já que o assunto é nomeação, o ex-presidente da Câmara e ex-candidato a prefeito de Mandaguari em 2020, Hudson Guimarães, será nomeado para um cargo em comissão na Secretaria de Educação de Maringá. A informação foi publicada hoje pelo jornalista maringaense Angelo Rigon.
Estranho
Nesse caso, o que chama a atenção é que nos últimos anos Hudson fez parte da equipe de Ulisses Maia e também foi um dos coordenadores da campanha do candidato Edson Scabora, em tese, adversário do atual prefeito Silvio Barros. Aliás, é impressionante a quantidade de pessoas que ocupavam cargos de confiança na gestão Ulisses Maia e agora farão parte da equipe de Barros.
Sarandi
O estudante de direito Guilherme Osvaldo, que foi um dos coordenadores da campanha de Cileninho nas últimas eleições, está assessorando a vereadora de Sarandi, Thay Menegazzi. Guilherme é filho do ex-vereador Chiquinho e, apesar da pouca idade, já demonstrou ter muita habilidade política.
Chiquinho
E nas próximas semanas o ex-vereador Chiquinho deve ser anunciado como novo integrante da equipe de assessores do deputado estadual Adriano José.
Amusep
Ainda não há confirmação se a prefeita Ivonéia vai mesmo nomear sua nora, Leocádia Donzelli, como secretária executiva da Amusep. A entidade está em recesso e só retoma os trabalhos na próxima semana.
Perda
Nossos sentimentos às famílias Devechi e Craveiro pelo falecimento de Antônio Devechi, mandaguariense radicado em Curitiba. Advogado, escritor e ex-diretor geral da Secretaria Estadual de Justiça, ele era leitor assíduo da coluna e membro ativo nos grupos de Facebook relacionados à história de Mandaguari.
Edição concluída às 15h30 do dia 03/01/2025