Prazo para resgatar dinheiro esquecido no Banco Central termina hoje

R$ 8,6 bilhões ainda estão disponíveis no sistema de valores a receber do Banco Central. Caso não sejam resgatados, os valores serão transferidos ao Tesouro Nacional.

O prazo para sacar o chamado “dinheiro esquecido” em bancos e outras instituições financeiras termina nesta quarta-feira (16). Até 7 de outubro, o Banco Central registrou um total de R$ 8,59 bilhões aguardando resgate por parte dos brasileiros.

Dessa forma, cerca de R$ 6,6 bilhões pertencem a 41 milhões de pessoas físicas, enquanto R$ 2 bilhões estão relacionados a 3,6 milhões de empresas. Segundo os dados do BC, 63% dos beneficiários têm valores de até R$ 10 a receber, enquanto 25% possuem entre R$ 10,01 e R$ 100. Valores entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 10% dos casos, e menos de 2% têm direito a mais de R$ 1 mil.

Como consultar e resgatar o dinheiro?

Para verificar se há valores a receber, o cidadão deve acessar o sistema do Banco Central e informar o CPF e os dados de nascimento (ou o CPF de uma pessoa falecida). As empresas podem consultar os valores com o CNPJ e os dados de abertura. Se houver dinheiro disponível, é possível solicitar a devolução, que será fornecida via Pix.

Caso o sistema não permita a solicitação, será necessário entrar em contato diretamente com a instituição financeira responsável para combinar a devolução. Nenhum caso de valores pertencentes a pessoas falecidas, herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais deverá apresentar a documentação necessária.

O que acontece se eu perder o prazo?

Mesmo que o prazo termine hoje, ainda há duas oportunidades para tentar resgatar o dinheiro. Uma lei sancionada pelo presidente Lula em 16 de setembro aos cidadãos até hoje, 16 de outubro, para resgatar os recursos esquecidos junto às instituições financeiras. Se o pedido não for feito até o fim do dia, o dinheiro será transferido ao Tesouro Nacional.

Após esses dados, o Ministério da Fazenda publicará um edital informando os valores coletados e a instituição onde o dinheiro foi depositado, concedendo mais 30 dias para que os cidadãos façam um novo pedido. Caso o valor ainda não seja solicitado nesse prazo, será possível recorrer à Justiça por mais seis meses. Depois disso, o dinheiro fica definitivamente com o governo.

Com informações do Valor Investe