Paraná decreta emergência zoossanitária para proteger o setor avícola

O Estado do Paraná decretou recentemente a situação de emergência zoossanitária com o objetivo de proteger o setor avícola de uma ameaça à saúde das aves. A decisão foi tomada devido à detecção de um surto de doença hemorrágica em algumas granjas avícolas na região. O surto representa um risco significativo para a indústria avícola do estado, que é uma das principais atividades econômicas da região.

A medida foi adotada com base em recomendações de especialistas e órgãos de saúde animal, que alertaram para o risco de disseminação da doença para outras granjas e regiões do Paraná, bem como para estados vizinhos. Ao declarar uma emergência zoossanitária, o governo paranaense busca implementar medidas preventivas e de controle mais rigorosas para evitar a segurança da doença e proteger a saúde das aves.

A avicultura é um dos pilares da economia do Paraná, com um setor altamente desenvolvido e tecnificado que abastece tanto o mercado interno como o externo. Diante da gravidade do surto, o governo está mantido de forma rápida e coordenada para conter a disseminação da doença, evitando maiores prejuízos para os produtores e para o setor como um todo.

A medida de emergência zoossanitária inclui a adoção de protocolos rigorosos de biossegurança nas granjas avícolas, restrições de movimentação de aves e de produtos relacionados à avicultura, além de um acompanhamento constante da situação epidemiológica.

A declaração da situação de emergência zoossanitária é uma resposta enérgica do governo paranaense para proteger a avicultura, garantindo a saúde das aves e preservando a atividade econômica do setor. Ações como essa demonstram a preocupação e o compromisso em garantir a segurança e a qualidade da produção avícola no Paraná.

Em maio, o ministério já havia adotado essa providência e agora orientou para que decretos semelhantes fossem assinados pelos estados com vistas ao trabalho conjunto entre as 27 unidades da Federação e o Distrito Federal, garantindo agilidade nos processos, disponibilidade imediata de recursos, caso necessário, e segurança para os importadores do frango brasileiro e para os consumidores. Até agora, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Tocantins também já adotaram decreto semelhante.

“É importante deixar claro que essa é uma medida protetiva. Com esse decreto podemos agir de maneira muito mais rápida, livrando-nos de algumas barreiras burocráticas caso se detecte a gripe aviária”, salientou o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que também preside o Conesa. “A medida possibilita ainda acesso mais imediato a recursos que nos ajudem a manter o controle já estabelecido no Estado”.

A reportagem do Portal Agora conversou com o Cícero Coimbra, chefe da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) de Mandaguari. Em meio à preocupação com um surto de doença hemorrágica que afeta algumas granjas avícolas no Paraná, ele destacou as ações adotadas para garantir a segurança e a proteção do setor avícola no estado.

De acordo com Coimbra, até o momento, foram registrados sete casos da doença, mas todos eles já foram encerrados sem maiores problemas.

Com o objetivo de prevenir a disseminação da doença e garantir a continuidade da atividade avícola, o governo do Paraná decretou, no dia 25, a situação de emergência zoossanitária, com validade de 180 dias. A aprovação foi realizada pelo Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) e tem como propósito alinhar as ações com o Ministério da Agricultura e Pecuária. Essa medida facilita o acesso a recursos e verbas federais, além de agilizar a tomada de medidas preventivas em conjunto com os ministérios.

O Secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, justificou a importância da emergência zoossanitária para preservar o status do Paraná como livre de gripe aviária. A indústria avícola desempenha um papel essencial na economia do estado, gerando empregos nas propriedades rurais e representando um valor bruto de R$ 45 bilhões de reais em 19 mil granjas.

Coimbra ressaltou que, ao enfrentar um problema zoossanitário, é necessário proteger toda a cadeia produtiva, não apenas o estado do Paraná, mas todo o Brasil. A influenza é uma doença global que pode ter sérias consequências, por isso é fundamental adotar medidas preventivas para preservar a avicultura nacional.

Esse surto também mobilizou outros estados a agirem em conjunto. Além do Paraná, estados como Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Tocantins também decretaram emergência zoossanitária, atendendo ao pedido do Ministério da Agricultura. Essa união permitirá a atuação rápida e eficiente para conter o foco da doença e garantir a segurança do setor avícola.

A Adapar, em conjunto com as autoridades e produtores, seguirá monitorando a situação e adotando as medidas necessárias para preservar a avicultura no estado. Essa ação conjunta entre estados e governo federal demonstra o compromisso em proteger essa importante atividade econômica e assegurar a saúde das aves e a qualidade dos produtos avícolas produzidos no Brasil.