Fé e turismo
Quem trafegou pela Estrada Alegre nos últimos meses percebeu um movimento acima do normal. São carros, grupos de ciclistas… principalmente aos finais de semana. Com o afrouxamento das regras para o isolamento social e por conta que bares e lanchonetes terem que obedecer uma série de regras para o combate ao novo coronavírus, as pessoas têm buscado passeios pela Zona Rural.
Um dos locais procurados pelas famílias de Mandaguari e da região é a Capela Sagrada Família, localizada no quilômetro 14 da Estrada Alegre, perto da divisa com Marialva. Não é difícil encontrar nas redes sociais fotos de moradores da região no local.
A capela passou por um mutirão para sua revitalização, através das mãos de voluntário e empresas que se juntaram para a preservação da edificação. Antes da reforma, o local que estava abandonado e ocupado por moradores sem teto a edificação estava em meio ao mato e a plantações que dificultavam o acesso e seu teto corria riscos de desabar.
Atualmente o local conta com toda sua parte de interior reformada, altar, imagens sacras e com bancos, o piso todo em vermelhão foi preservado mantendo a assinatura de Walacir Cruz com a data de 30 de abril de 1965, provavelmente a data de conclusão da obra.
Os visitantes são recebidos por Nilton Botti um dos responsáveis pela reforma que se reuniam aos finais de semana para recuperar o local. Botti que é nascido na comunidade, faz questão de chegar a cada visitante para contar a história da Capela Sagrada Família, com suas curiosidades.
Com a parte interior praticamente concluída o Nilton revela que pretende manter as paredes exteriores como estão, fazendo aplicação de um produto impermeabilizante para manter como estão e a colocação de um sino que já foi adquirido.
Conforme relatado por Botti, a capela pertence a Mitra Diocesana de Maringá e espera que quando termine a restrição da Covid-19 que missas e outros eventos aconteça no local. “Quero reunir as pessoas aqui para passar filmes do Mazzaropi em um telão”. Para isso está sendo construído já em fase final um salão de festas ao lado da capela.
Para manter acesso o sonho da conclusão das obras, durante os finais de semana são vendidos no local, pães, bolachas, queijos que tem toda a verba revertida em prol da Capela, que chega a receber um número alto visitantes, alguns em busca da nostalgia ou pelo seu valor histórico que a construção tem outros pela renovação da Fé para enfrentar os dias complicados que o novo coronavírus vem causando nos últimos meses.