Com a Covid-19, Paraná vê 55 mil postos de trabalho desaparecerem em um mês
O mercado de trabalho no Paraná registrou um tombo histórico no mês de abril, o primeiro mês cheio com a vigência das medidas de distanciamento social para tentar frear as infecções causadas pelo novo coronavírus. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quarta-feira (27) pelo Ministério da Economia, no quarto mês do ano foram fechados 55.008 postos de trabalho no estado.
O resultado, fruto de um total de 47.081 admissões ao longo do mês de abril ante 102.089 desligamentos, é o sexto pior de todo o país. Apenas os estados de São Paulo (-260.902), Minas Gerais (-88.298), Rio de Janeiro (-83.626), Rio Grande do Sul (-74.686) e Santa Catarina (-73.111) tiveram retração ainda mais significativa do mercado formal de trabalho.
No acumulado do ano, o Paraná registra um total de 403.244 contratações contra 425.668, o que equivale dizer que 22.424 vagas formais foram fechadas nos dois primeiros bimestres do ano.
Esse movimento contrasta com a recuperação, ainda que lenta, verificada desde o ano passado, que fechou com saldo de 51.441 vagas abertas no Estado.
A retração local é ainda acompanhada a nível nacional, sendo que o Brasil fechou 763.232 postos de trabalho no ano, com 4.999.981 admissões e 5.763.213 desligamentos.
Apenas em abril foram fechadas 860.503 vagas, pior resultado para todos os meses desde, pelo menos, 2000, segundo série da Refinitiv. Em março, houve perda de 240.702 vagas. Em contrapartida, nos dois primeiros meses do ano o mercado esboçava reação, tendo registrado a abertura líquida de 113.155 e 224.818 postos, respectivamente.