Juiz Max Paskin Neto se despede do Mandaguari após aposentadoria compulsória
O juiz Max Paskin Neto, que atuou nos últimos cinco anos na Comarca de Mandaguari, anunciou sua aposentadoria compulsória em uma nota pública divulgada no dia 21. A decisão foi tomada após o julgamento do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), realizado no dia 14 de outubro, no qual o Órgão Especial aplicou a decisão prevista no Art. 42 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN). O magistrado será afastado de suas funções após a publicação e trânsito em julgado da decisão, mas continuará atuando na comarca por mais algumas semanas.
A retirada de Paskin Neto é consequência dos mesmos fatos que levaram à sua denúncia criminal. Embora ainda esteja aguardando o julgamento de recursos, a aplicação da contratação compulsória marca o fim de sua carreira na magistratura, após mais de uma década de dedicação.
Max Paskin Neto ingressou na magistratura em 2011, inicialmente como juiz substituto na Comarca de Campo Mourão. Durante sua trajetória, atendeu simultaneamente outras comarcas, como Mamborê, Barbosa Ferraz e Peabiru e, mais tarde, assumiu a titularidade na Comarca de Palmital, onde foi homenageado com o título de Cidadão Honorário. Em 2016, chegou a Mandaguari, onde desenvolveu um trabalho marcado pela confiança e respeito com a comunidade local.
Na nota pública divulgada, Paskin Neto expressou profunda gratidão aos cidadãos, advogados e servidores da Justiça de Mandaguari pelo apoio durante o período em que travou os processos que culminaram em sua aposentadoria compulsória. “Fiquei comovido com o carinho demonstrado através de várias manifestações e movimentações em meu favor”, declarou o juiz, reforçando a relação de confiança que cultivou ao longo de sua atuação no Paraná, especialmente em Mandaguari.
O magistrado também manifestou seu desejo de que a transição para o próximo juiz responsável pela Vara Cível e Anexos da Comarca seja tranquila, assegurando que continue à disposição da comunidade mesmo após seu afastamento oficial. O anúncio de sua saída gerou comoção tanto entre os advogados quanto a população local, que recebeu sua contribuição ao longo dos anos.
Conforme apurado o magistrado é acusado de estar exercendo uma “função paralela”, no ramo empresarial, que é proibido pela magistratura. O juiz negou o fato. O caso espera para ser julgado em estancias superiores.