“Se não realizarmos nosso plano de governo, eu não coloco o meu nome na próxima disputa”, destaca Márcia Serafini em sua entrevista

Na manhã de quarta-feira (28) a candidata a prefeita de Mandaguari, Márcia Serafini (PODEMOS), juntamente com seu vice-prefeito, Renato Bossato, foi entrevistada pelo jornalista Júlio César Raspinha na Rádio Agora FM (87,7). Ela defendeu sua trajetória pública, respondeu a críticas e apresentou suas propostas para a cidade. 

Competência e experiência

Desde o início da entrevista, Márcia Serafini enfatizou sua experiência de 33 anos na vida pública e privada, com destaque para sua atuação na gestão de saúde e administração pública. “Perfeito é Deus. O que nós queremos fazer, de fato, é mostrar a nossa competência”, afirmou. Ela também fez questão de enaltecer seu candidato a vice, Renato, destacando sua atuação na rede pública de ensino e sua experiência como terapeuta em práticas integrativas de saúde. “Ele tem competência, ele conhece a história porque ele também estudou a história”, disse Márcia, defendendo a escolha de seu companheiro de chapa.

Márcia critica candidatos que prometem e não cumprem nem 80% do seu plano de governo e garante que, caso for eleita e não cumprir isso, não irá se eleger novamente. “Agora eu quero ver o compromisso moral daquele candidato a cumprir aquele plano de governo diante da sociedade, diante daquilo que foi colocado como plano de governo. Eu tenho que ter vergonha na cara e ter o compromisso de cumprir pelo menos daquilo que eu proponho, pelo menos cumprir mínimo de 80% para dizer que foi um bom governo. O que não se pode permitir é que muitos dos candidatos colocam no seu plano de governo várias propostas e depois engavetam, realmente não tem o compromisso de executar, mas eu como prefeita, se não realizarmos aquilo que nós temos colocado no plano de governo eu não coloco o meu nome na próxima disputa”.

Resposta às críticas de inatividade

Márcia foi questionada sobre sua suposta inatividade nos últimos quatro anos, ela esclareceu que, durante esse período, não ocupou cargos políticos como vereadora, prefeita ou vice-prefeita, mas continuou atuando como servidora pública do Estado. “Sempre morei em Mandaguari, nunca saí daqui”, afirmou Márcia, explicando que, como muitos cidadãos, fazia o trajeto diário até Maringá para trabalhar. Segundo ela, foi afastada do cargo apenas por conta do período eleitoral. “Eu queria voltar para Mandaguari, mas quem estava no poder político não quis o meu trabalho, porque disseram que não precisavam da minha mão de obra qualificada”, justificou.

Polêmica envolvendo o vice

Ao longo da entrevista, Márcia também abordou sobre a polêmica que fizeram sobre seu candidato a vice-prefeito, Renato Bossato. Márcia é pastora e evangélica, já Renato é ligado às religiões de matriz africana. “Por que o Renato Bossato? Primeiramente temos que saber que nós estamos em um país laico e democrático, todos temos direito de participar e é necessário, indiferente da sua crença, da sua condição social, da sua cor, todos têm direito de participar e precisam participar da política. O Renato é uma pessoa filiada ao Podemos e ele foi a pessoa apta e competente que encontramos, pela sua história de ser professor, pedagogo e terapeuta. Eu conheço um Jesus que é amor, que é respeito, nós estamos dentro da nossa cidade e sabemos que dentro do nosso trabalho, do cotidiano, nós trabalhamos com pessoas católicas, evangélicas, ateus e espíritas. Nós nos relacionamos porque há entre nós respeito, então precisa ter esse respeito também para o nosso vice e para todos que estão fazendo parte também”.

“Renato é um profissional competente, que conhece a história e está preparado para servir a comunidade de Mandaguari com dedicação”, ressaltou. Ela destacou que as críticas são infundadas e que, em vez disso, a população deveria valorizar a diversidade de competências que ele traz à chapa.

Saúde e novo PAM

Márcia falou também que sua prioridade é a saúde e que, se for eleita, irá construir um novo hospital em Mandaguari. “Sendo eleita, já no outro dia, temos que se organizar com a equipe de transição para saber de tudo que está acontecendo, sabemos de uma maneira geral da parte da finança do município, do orçamento. Temos que buscar os nossos representantes políticos, sabemos que temos que dar continuidade na construção do novo PAM porque é obrigação de todo município ter. Precisa ver os contratos, dar seguimento da licitação, da construção, da manutenção do serviço que não pode parar”

“Temos um hospital aí que tem um convênio, que temos que fortalecer, ver a estrutura, mas nós queremos construir um hospital municipal em Mandaguari com leitos de UTI e isso não se faz do dia para a noite, precisa ter já essa organização, o recurso financeiro, a emenda parlamentar e parceria com o Governo do Estado e com o Governo Federal. Nós construiremos um hospital municipal em outro lugar com leitos de UTI, as pessoas falam que isso é impossível, mas não é. Mandaguari é uma cidade de médio porte que tem capacidade sim, tanto financeira como também através de parceria com o Estado e o Governo Federal, de construirmos. Vamos acabar com o hospital local, que é o Hospital Cristo Rei? Não”.

Trânsito e organização urbana

Márcia criticou a falta de organização no trânsito de Mandaguari e propôs a criação urgente de um departamento de trânsito. “Vamos ter um departamento de trânsito urgente, com estacionamento rotativo. Precisamos da Guarda Municipal, precisamos organizar o nosso trânsito”, afirmou. Márcia mencionou a importância de melhorar a sinalização, a numeração das casas e implementar medidas de prevenção de acidentes, destacando que várias tragédias já ocorreram devido à falta de controle e fiscalização. “Precisamos de mais segurança nas ruas e de uma cidade mais organizada”.

Estradas rurais e infraestrutura

Ela foi enfática ao falar sobre a necessidade de melhorar as estradas rurais do município. Ela criticou o que chamou de “prática de pavimentar apenas áreas de interesse político” e defendeu que todos os moradores da zona rural devem ter acesso a estradas pavimentadas de qualidade. “Não estamos falando de manutenção apenas, que é obrigação, mas de pavimentação de verdade, com asfalto”, disse ela. 

Críticas ao pedágio

A candidata também foi contundente ao criticar a administração atual sobre a questão do pedágio. Ela acusou a gestão de incompetência por não garantir a isenção de pedágio para os moradores de Mandaguari durante o processo de licitação. “Hoje, o pedágio que será cobrado em Mandaguari é por incompetência, quem está na administração deveria ter garantido a isenção para os moradores antes da assinatura do contrato. Agora, não adianta fazer manifestação depois que o contrato já está feito e assinado”, concluiu.

Confira a entrevista completa

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Aúdio da entrevista